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Morre Ana, grande matriarca indígena de Vilhena

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Faleceu nesta quarta-feira,16, a indígena Ana, aos 73 anos, uma grande “Matriarca Guerreira” de Vilhena. Ela era Nambiquara, pertencente à tribo Mamaindê.

Ana viveu grande parte de sua vida na cidade de Vilhena, acompanhando o processo de ocupação dos territórios indígenas pelos migrantes de outros estados. Foi testemunha viva do deslocamento do seu povo da história da constituição de várias aldeias locais.

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Com carinho ela ajudou a cuidar dos seus filhos, netos ,bisnetos e tataranetos em sua casa localizada no bairro São José em Vilhena. Seu quintal era uma verdadeira aldeia localizada dentro da cidade onde ela recebia indígenas de várias aldeias da região.

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Ana viveu para prover, educar, aninhar, preparar e conviver com importantes membros de várias aldeias indígenas Nambiquaras da região tendo parentes Mamaindê, Sabanê entre outras.

Ana era discreta e acolhedora. Falava baixo, e sempre estava cuidando da casa, da alimentação dos filhos e netos, bisnetos, tataranetos. Ela era puro afeto e emanava uma energia positiva onde passava.

Com paciência fazia lindos artesanatos que encantavam a todos pela delicadeza. Com a mãe aprendeu o ofício de confeccionar colares, pulseiras e anéis de materiais encontrados nas florestas, como coquinhos e ossos de animais.

A dignidade, o orgulho e a generosidade de toda sua descendência são a marca dessa mulher que viveu para servir aos seus parentes. Seus filhos e netos, bisnetos, tataranetos e tantos outros de sua família, refletem essa grande mulher que soube forjá-los conforme seu tempo e seu olhar.

Apesar de viver na cidade, não abria mão de participar das festas tradicionais nas aldeias e era respeitada por todos. Com carinho e atenção ela transmitia as histórias e os ensinamentos que guardava.

A notícia do seu falecimento é triste para  todos os parentes, amigos e para os cidadãos vilhenenses, mas que poderão guardar em sua memória a lembrança dessa nobre guerreira que contribuiu para a história da cultura de Vilhena.

Crédito das fotos: Dennis Weber, Washington Kuipers

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