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Pesquisas mostram que pandemia está desacelerando no Brasil; entenda

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Maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil mostrou, na fase mais recente, queda no número de pessoas que teve contato com o vírus, com relação ao estágio anterior. Coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), pesquisa apontou ainda que a queda foi menor entre os idosos e as crianças.

O maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil revelou que a Covid-19 está desacelerando no país. Coordenada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), a pesquisa mostrou, em sua etapa mais recente, que o número de brasileiros com anticorpos do Sars-Cov-2 – e que, portanto, tiveram contato com o vírus – diminuiu com relação ao período anterior avaliado.

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Os dados divulgados nesta terça-feira (15) indicam que, na fase quatro da pesquisa (com amostras coletadas entre 27 e 30 de agosto), 1,4% dos entrevistados tiveram contato com o coronavírus. Na fase 3 (amostras coletadas entre 21 e 24 de junho), o número havia sido 3,8%. Veja, no infográfico abaixo, um comparativo de todas as fases.

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Resultados gerais da pesquisa

  • Diminuiu a proporção da população que apresenta anticorpos, o que confirma a desaceleração da epidemia na maior parte do país. Os anticorpos detectáveis pelo teste duram apenas algumas semanas.
  • A interiorização da pandemia no Brasil foi confirmada.
  • Houve uma mudança no padrão etário dos infectados entre junho e agosto. O número de infectados teve queda mais expressiva entre adultos; já entre crianças e idosos, a queda foi menor.
  • Maior chance de infecção nos pretos e pardos, modelo já identificado nas fases anteriores. Com a redução da pandemia na Região Norte, a prevalência entre indígenas caiu bastante.
  • Pessoas com famílias entre as 20% mais pobres da população, em todas as fases do estudo, apresentam o dobro de risco de infecção na comparação entre os 20% mais ricos.

De acordo com os pesquisadores, ao contrário do que se pensava no início da pandemia, os anticorpos que são detectados pelo teste duram apenas algumas semanas. Isso confirma o que já foi verificado em diversos países e vale para diferentes tipos de testes – e não somente para os rápidos, como os utilizados na pesquisa.

Para os pesquisadores, a queda em níveis de anticorpos ao longo do tempo não indica que as pessoas deixem de estar protegidas, já que o organismo guarda a memória imunológica para produzir anticorpos rapidamente em caso de uma nova infecção.

As pessoas com testes positivos na última fase da pesquisa tiveram infecções relativamente recentes, informou o coordenador-geral do estudo e reitor da Ufpel, Pedro Hallal. Já as infectadas há mais tempo apresentaram resultado negativo nesta etapa.

“Um dos resultados interessantes dessa fase é a estimativa da letalidade da doença. O resultado da pesquisa mostra que, de cada mil pessoas que são contaminadas pelo coronavírus, sete, infelizmente, acabam vindo a óbito“, diz o reitor.

A quarta fase da Epicovid-19 fez 33.250 testes e entrevistas entre os dias 27 e 30 de agosto. Esta etapa é a primeira financiada pela iniciativa privada. A fase anterior coletou dados entre os dias 21 e 24 de junho, com o mesmo número de entrevistados. A segunda fase aplicou 31.165 testes, de 4 a 7 de junho. A primeira fase foi realizada duas semanas antes, de 14 a 21 de maio, com 25.025 testes e entrevistas.

Segundo o estudo, o maior percentual de infecção foi observado na Região Norte (2,4%) e no Nordeste (1,9%). No Sul, Centro-Oeste e Sudeste, o percentual de infecção ficou em 0,5%.

“A interiorização da pandemia, migrando das grandes cidades, das capitais, em direção ao interior foi confirmada na nossa pesquisa. Hoje, por exemplo, as duas cidades com maior proporção da população infectada estão na Região Nordeste e são duas cidades do interior: Juazeiro do Norte e Sobral”, explica Hallal.

Crianças e idosos

A quarta fase do estudo epidemiológico mostrou uma mudança no padrão etário dos infectados entre junho e agosto. Entre crianças e idosos, a queda foi inferior ao visto entre adultos. Para o coordenador da pesquisa, as altas prevalências em crianças brasileiras difere do que tem sido relatado em outras regiões do mundo, como a Europa e a China. Um reflexo da diminuição do distanciamento social.

“Enquanto nas primeiras três fases da pesquisa o maior percentual de casos acontecia nos adultos jovens, especialmente aqueles em idade produtiva, que trabalham fora de casa e que estavam tendo que sair, agora, na quarta fase da pesquisa, o maior número de infecções foi observado nas crianças e nos idosos. Exatamente porque esses grupos etários estão mais expostos pela diminuição do distanciamento social”, explica Hallal.

Classe social e etnia

De acordo com a pesquisa, famílias mais pobres têm mais chances de contrair a doença. Em todas as fases do estudo, os 20% mais pobres apresentaram o dobro de risco de se contaminar em relação aos 20% mais ricos.

“Esse vírus chegou no Brasil pelos aeroportos e pelas fatias mais ricas da população, mas rapidamente quando ele foi se interiorizando, tanto nas cidades quanto pra fora das grandes capitais, as pessoas mais pobres, que moram em residências menores, que tem mais gente morando na mesma casa, essas pessoas apresentam o dobro do risco de se contaminar pelo coronavírus”, diz Hallal.

Também foi confirmada uma maior chance de infecção entre pretos e pardos. Com a redução da pandemia na Região Norte, a prevalência entre indígenas caiu bastante, de acordo com o estudo.

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