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Vilhena: profissionais da saúde e voluntários promovem campanha contra a Psicofobia

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A campanha de combate à Psicofobia em todo Brasil, geralmente é liderada pela Associação Brasileira de Psiquaitria (ABP). Em Vilhena a movimentação está sendo coordenada por uma equipe do Hospital Regional, composta pela Psicóloga Diene Nepomuceno, Assistente Social Fabiana Araldi, Médico em Saúde Mental, Thiago Lobianco e a Psicóloga voluntária Elis Regina.

De acordo com os idealizadores do movimento, em anos anteriores o cenário era realizado pelo Centro de Atendimento Psicosocial (CAPS), mas este ano foi criado um novo método de informação. A campanha está acontecendo dentro do Hospital Regional, onde os colaboradores e usuários são abordados pela equipe, que interrogam as pessoas e prestam esclarecimento sobre o tema.

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O que é Psicofobia?

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A reportagem do FOLHA, entrevistou alguns profissionais envolvidos no projeto, para esclarecer a temática. A Psicóloga Diene, que atua no Hospital Regional em Vilhena desde 2015, afirma que, Psicofobia é o termo utilizado para designar atitudes preconceituosas e discriminatórias contra pessoas com deficiência ou transtornos mentais. De acordo com a profissional, a campanha é nacional, e foi criada pela Associação Brasileira de Psiquaitria, que visa combater o prejulgamento através de diálogo e informações corretas prestadas para toda a sociedade.

Segundo a Psicológa, o termo Psicofobia se caracteriza pela negligência em negar a existência do transtorno e tratamento, bem como inferiorizar a pessoa adoecida das emoções, dizendo coisas do tipo: “Isso é frescura! Você está se fazendo de vítima! Isso é falta de Deus! Você está doido! dentre outras”, ressalta a profissional.

“A maneira correta de impugnar atitudes preconceituosas, deve ser através do apoio e respeito com as pessoas que sofrem os transtornos mentais, e incentivar eles a fazerem o tratamento. A grande maioria das pessoas que sofrem com a Psicofobia se calam e optam por esconder que estão precisando de ajuda. A sociedade deve se conscientizar e ajudar as pessoas que sofrem esses problemas, não os deixar pensarem que são diferentes dos demais”, esclareceu a Psicóloga.

A reportagem também entrevistou um funcionário público estadual de 57 anos, morador de Vilhena que há 21 anos foi diagnosticado com esquizofrenia. Ele conta que por várias vezes chegou até ficar internado devido à doença.

Relata também que diariamente sofre perseguição na rua onde ele reside. “Eu faço tratamento constante e me sinto bem, mas quando eu chego aos lugares que as pessoas me conhecem, eles começam a falar baixinho entre eles, e muitas vezes até apontam para mim, eu entendo que eles falam que eu sou doido”, disse.

O servidor público conta que já sofreu desprezo de pessoas da sua própria família, mas nunca procurou a justiça para fazer nenhuma representação. “Mensalmente faço meu acompanhamento médico e tomo meus remédios certinhos, mas quando eu vejo as pessoas me discriminando me sinto muito mal. Eu sou cidadão de bem, não ofereço nenhum um risco para a sociedade”, comenta.

Fabiana Araldi, formada e atuante na área de Assistência Social afirma que, não só em Vilhena, mas em todo Brasil, é possível ver que o estigma de doido e a prática de comportamentos Psicofobicos são comuns, e muitas pessoas praticam Psicofobia sem ter consciência do quanto isso é grave.

“Muitas vezes com vergonha do estigma o pessoa deixa de procurar ajuda e tratamento adequado. Hoje podemos agradecer o Ministério da Saúde e a Comissão de Direitos Humanos que passou a considerar a Psicofobia um crime, através da lei, PLS 74/2014”, destacou.

De acordo com a Psicóloga Elis Regina, voluntária do movimento em Vilhena, o número de pessoas com transtornos mentais é crescente, segundo pesquisas. Cerca de 700 milhões de pessoas compõe esse cenário. Só no Brasil temos aproximadamente 50 milhões de casos. “Eu acredito que com muita Psicoedução, informando as pessoas para auxiliar o próximo podemos combater a Psicofobia para evitar o mal que ela faz as pessoas”, concluiu Elis.

PARA LEMBRAR!

O dia escolhido para instituir o Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia, é 12 de abril. A data foi instaurada pela Associação Brasileira de Psiquaitria (ABP), em alusão a data de nascimento do artista Chico Anísio, padrinho da campanha, e declarou nacionalmente ter sofrido de depressão, e chegou afirmar que, se não fosse o tratamento psiquiátrico, não teria feito nem 20% do que fez na vida.

 

Texto: Elison Fabiano
Foto: Reprodução/WhatsApp
Fonte: Folha de Vilhena

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