O caso de transfobia foi registrado na Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP) de Vilhena, envolvendo um jovem de 19 anos que teria sido alvo de discriminação durante um atendimento em um estabelecimento comercial do município de Chupinguaia na noite desta quarta-feira (16) de janeiro.
Segundo o depoimento da vítima, essa chegou ao comércio para usufruir o serviço quando um dos atendentes afirmou que o espaço estava sendo fechado. Entretanto, observando o local a vítima notou que outras pessoas ainda recebiam o atendimento de outro funcionário.
Questionando a situação, o jovem teria recebido a resposta de que o funcionário não era “obrigado” a vender bebida para a vítima – que suspeitou no momento da negativa estar sendo alvo de discriminação por ser membro da comunidade transexual.
A vítima registrou o boletim de ocorrências, para que medidas cabíveis sejam aplicadas posteriormente.
O QUE É TRANSFOBIA E SEUS NÚMEROS
Caracterizada por uma série de comportamentos negativos diretos e indiretos (violência física ou verbal, recusa em se comunicar com a pessoa ou recusa em trata-la da mesma forma que uma pessoa cissexual) em relação a uma pessoa transexual, a transfobia é uma das principais causas de mortes entre a população trans do Brasil.
Em 2017, foram registrados mais de 180 homicídios cometidos contra membros dessa comunidade, segundo dados do “Dossiê: A carne mais barata do mercado” mantido pelo site Observatório Trans. No primeiro semestre de 2018, 80 pessoas da comunidade transexual (incluindo travestis) já haviam sido assassinadas no país, de acordo com os dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA).
Texto: Mizellen Amaral Foto: Ilustrativa Fonte: Folha de Vilhena
