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Sexta-feira, 26 de abril de 2024 - [email protected] - whatsapp: 69 9.9957-2377

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ARTIGO: Educação e segurança de Trânsito

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(Foto: Semcom)

Por José Teixeira
Cap PM da Reserva, Administrador e Educador de Trânsito

O final de mais um ano se aproxima, é momento para rever, refletir e se debruçar sobre as ações que fizemos, para agir sobre o que está sendo feito e promover melhorias contínuas, como em um Diagrama de Ishikawa. Então é oportuno incluirmos em nossas reflexões as questões de segurança no trânsito do nosso município. Afinal, trânsito é um assunto afeto a todos, exigindo a participação consciente de pedestres, passageiros, ciclistas, motociclistas e motoristas.

Tomar atitudes que colaborem com a melhoria do trânsito, é um dever que requer a prática de velhas recomendações recebidas desde nossa infância, e reforçadas durante as campanhas de prevenção de acidentes com palestras, pit-stops e blitzes educativas, que buscam a percepção das pessoas quanto a importância de suas participações com responsabilidade, cumprimento dos deveres e melhorias nas condutas cotidianas do trânsito. O foco deve ser o efeito prático, a mudança de hábitos e comportamentos, como o simples gesto do pedestre de sinalizar com o braço sua pretensão de atravessar a rua, ação que deve ser adotada por todos.

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A vida é movida pelo livre arbítrio, no trânsito não é diferente. Temos assim duas opções, o ciclo vicioso ou o ciclo virtuoso, devemos insistir no segundo, onde aprendemos fazer as coisas corretas desde o princípio. Adotar o ciclo virtuoso é a certeza que teremos um trânsito mais humano e mais seguro, com menos acidentes, menos danos materiais, menas pessoas feridas e mortas.

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Em campanhas, movimentos ou ações educativas os profissionais do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) não devem se frustrar com atos de algumas pessoas. Por exemplo, daquelas que recebem um panfleto com informações sobre prevenção de acidentes de trânsito e sequer lêem, mas ignoram e logo em seguida o amassam e jogam no lixo.

Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta que o Brasil é o quinto país do mundo que mais mata no trânsito. Os números preocupam autoridades de todos os níveis, pois as projeções são de aumento do número de vítimas. Para a mudança dessa realidade, é fundamental que cada um assuma sua parcela de responsabilidade, assim é possível um trânsito mais humanizado.

Cuidar das vítimas de trânsito não é nada barato, muito pelo contrário, é caríssimo. Segundo dados do Ministério da Saúde, gastam-se por ano com o tratamento de acidentados cerca de R$ 52 bilhões de reais, quase 6,5 vezes o orçamento do Estado de Rondônia previsto para 2019. 50% dos centros cirúrgicos e 60% dos leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), estão ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. Somam-se a isso os altos custos com os danos patrimoniais, pois é sabido que os veículos custam caro, os consertos também.

Está provado que a grande vilã dos acidentes graves é a velocidade, principalmente se envolve motocicletas. Por isso, em Vilhena, temos enorme preocupação, pois na última década a quantidade de veículos de duas rodas triplicou, passamos de pouco mais de 7,3 mil para mais de 23 mil motos e motonetas. Os resultados são diretamente proporcionais, se aumenta a frota, aumenta também o número de acidentes e vítimas.

Por tudo isso, é que nós gestores devemos primar por investimentos em políticas públicas voltadas para o trânsito, de modo que envolva a sociedade, em especial as escolas, igrejas e empresas, que muitas vezes gastam milhões em equipamentos de proteção individual, porém perdem seus funcionários vitimados no trânsito. É preciso também o envolvimento da mídia, pautando diariamente as questões da segurança de trânsito. Afinal, acidentes não podem ser encarados como algo normal da civilização, e sim uma anomalia social que envolve diretamente segurança e saúde pública.

O atual quadro de violência no trânsito deve ser preocupação comum, considerado epidêmico. Um assunto profundo como este jamais pode ser tratado de forma rasa. O trabalho, hoje existente, deve ser intensificado e pautado em ações conexas, estruturadas, sistêmicas e integradas. O combate a essa verdadeira indústria da dor e da morte deve continuar o ano todo, sem esperar por leis e datas específicas.

Feliz natal e um ano novo sem violência, principalmente no trânsito!

 

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