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Sexta-feira, 29 de março de 2024 -





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Bancários de todo o País podem entrar em greve a partir de 6 de outubro

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negociao

A falta de respeito da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com os bancários brasileiros chegou ao seu limite na manhã desta sexta-feira, 25/9, em São Paulo, quando os representantes patronais apresentaram ao Comando Nacional dos Bancários (formado pela Contraf/CUT, Federações e Sindicatos), na quinta reunião entre as partes em 30 dias, a inacreditável proposta de reajuste de apenas 5,5% nos salários e vales, e mais uma espécie de ‘esmola’ de R$ 2.500,00 na forma de abono salarial.

Esse índice não chega nem perto dos 9,88% da inflação (INPC) de agosto deste ano – um retrocesso de 4% – e muito menos dos 16% reivindicados pela categoria.

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Completamente insatisfeito e revoltado com esta proposta considerada ‘indecente’, o Comando Nacional dos Bancários imediatamente a rejeitou e já aprovou um calendário de mobilização que orienta os bancários a rejeitarem a proposta nas assembleias gerais que serão realizadas pelos sindicatos, em todos os Estados, nos dia 1 e 5 de outubro, e aprovarem uma greve nacional por tempo indeterminado já a partir do dia 6 de outubro, próxima quinta-feira.

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“Chega a ser um acinte, uma afronta completa e um desrespeito sem precedentes esta proposta imoral apresentada pela Fenaban. Essa é, sem sombra de dúvidas, a pior proposta já ofertada pelos bancos nos últimos anos, e isso representa um desrespeito não apenas com os bancários, mas com toda a sociedade, que vai sofrer os reflexos diretos de mais uma greve nacional por tempo indeterminado. Sim, novamente os bancos empurram os bancários para uma greve e confirmam que não estão nem um pouco preocupados com o ser humano, apenas com seus lucros estratosféricos e sem limites”, desabafou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) e que participa das mesas de negociação com a Fenaban.

Para o dirigente, é totalmente injustificada a desculpa dos bancos em não atender às reivindicações da categoria e é ainda mais ‘insana’ a proposta com um índice que nem mesmo contempla a inflação do período.

“Não há justificativa plausível para este ato desumano e desrespeitoso ao oferecer apenas 5,5% de reajuste. Falam em crise, mas todos sabemos que se existe alguma crise econômica, certamente não é no sistema financeiro, que quanto mais crise existe, mais lucra. E a prova é que só nos seis primeiros meses deste ano (2015) os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú e Santander) obtiveram lucro de mais de R$ 36 bilhões, um crescimento de 27,3% na comparação com o primeiro semestre de 2014. Portanto eles (os bancos) tem totais condições de atender às reivindicações dos bancários sem nem mesmo sofrerem algum impacto com isso, e não chegar agora e tentar empurrar, goela abaixo, este índice indecente como proposta final na mesa de negociação”, acrescenta Pinheiro.

Os bancos não ‘debocharam’ apenas das cláusulas econômicas, mas também ignoraram completamente as reivindicações sociais da categoria – importantes para o dia a dia dos bancários – como garantia de emprego, saúde e condições de trabalho, combate ao assédio moral, segurança e igualdade de oportunidades.

Proposta dos bancos

* Reajuste de 5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%).

* Piso portaria após 90 dias – R$ 1.321,26.

* Piso escritório após 90 dias – R$ 1.895,25.

* Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

* PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.

PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.

Antecipação da PLR

Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016.

Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08.

* Auxílio-refeição – R$ 27,43.

* Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 454,87.

* Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 378,56.

* Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 323,84.

* Gratificação de compensador de cheques – R$ 147,11.

* Requalificação profissional – R$ 1.294,49.

* Auxílio-funeral – R$ 868,58.

* Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 129.522,56

* Ajuda deslocamento noturno – R$ 90,67.

As reivindicações da categoria, apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, são muito diferentes da proposta dos bancos. Confira :

* Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

* PLR: 3 salários mais R$7.246,82

* Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

* Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

* Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

* Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

* Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

* Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs)

Fonte: SEEB-RO

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