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Semus participa de reunião com MPF para tratar da saúde indígena em Vilhena

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Foi realizada na tarde desta quarta-feira, 19, uma reunião no auditório da Procuradoria do Ministério Público Federal (MPF) em Vilhena para tratar da saúde indígena no município. Autoridades locais e representantes analisaram pontos colocados em discussão. A reunião foi uma iniciativa do MPF em referência à data de celebração do Dia do Índio que ocorre todos os anos nacionalmente em 19 de abril.

Assuntos como exames, compra de remédios, tratamento diferenciado em caso de internação e outros foram expostos pela comunidade indígena, intermediados pelo MPF e respondidos pelo secretário municipal de Saúde, Marco Aurélio Vasques.

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O titular da pasta detalhou cada ação pretendida pela prefeitura. “Quanto à compra de medicamentos, temos R$ 80 mil em conta para a saúde dos povos indígenas e podemos iniciar um plano de trabalho neste valor. Somos sensíveis às causas dos índios e entendemos cada uma das dificuldades das aldeias isoladas. Para solucionar o problema com os agendamentos de exames podemos criar uma cota que atenda diretamente os nossos nativos”, iniciou explicando.

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Vasques falou também sobre a possibilidade de realizar um mutirão para a saúde indígena, potencializando uma mobilização conjunta em que uma equipe multiprofissional do município fosse até as aldeias para realizar vários procedimentos médicos, mas lembrou que não são só os índios que sentem essa deficiência das políticas públicas de saúde no momento em Vilhena. “A medida que a assistência geral for melhorando os povos indígenas sentirão”, salientou.

Um dos representantes, Manoel relatou que já sentiu melhora no atendimento do Hospital Regional (HR), mas que há peculiaridades na cultura deles que devem ser levadas em conta. “Estamos acostumados com uma alimentação, com um estilo de vida e quando passamos por internação é totalmente diferente”, expôs. A diretora de práticas assistenciais do HR, Graziele Jacob, prontamente se manifestou e se comprometeu a analisar a causa e apresentar uma solução nos próximos dias.

Um dos principais questionamentos levantados pelos índios presentes foi quanto ao atendimento. De acordo com eles, a segregação e preconceito ainda são marcantes no atendimento da rede de saúde e afirmam que há discriminação por parte de servidores e até mesmo dos outros usuários do Sistema Único de Saúde (Sus). Quanto a isso, o secretário de saúde respondeu que há uma tentativa de educação continuada para evitar esse tipo de situação. “Infelizmente só podemos tentar educar, pois essa é uma questão individual que não devia sequer existir. Com certeza se houver caso concreto iremos punir o servidor que tiver tal atitude”, disse.

Além destes pontos, nas considerações finais, o secretário informou que encaminhou relatório ao órgão federal de controle sobre desvios de finalidade da gestão passada nos recursos destinados à política de saúde para os povos indígenas. “Foram mais de R$ 1 milhão e fizemos nossa parte para que os responsáveis sejam punidos, mas este é um enorme prejuízo que essa comunidade teve e tem que enfrentar”, lamentou.

Além disso, reforçou que a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) está à disposição do tema para solucionar todas as demandas ao longo dos próximos meses de gestão. “Já derramei lágrimas com os indígenas pela situação que presenciei em algumas aldeias da cidade onde vim, mas vi que em Vilhena é mais triste ainda. Por determinação da prefeita Rosani Donadon dobraremos nossos esforços para caminharmos junto às entidades representativas dos indígenas, atendendo-os da melhor forma possível. No ano que vem, de fato, comemoraremos esta importante data”, encerrou.

O procurador da república Leandro Musa foi quem conduziu o evento e explanou inicialmente sobre os assuntos pautados para levantamento de ideias. Além dele, representaram o poder executivo local o vice-prefeito Darci Cerutti, o secretário de saúde Marco Aurélio Vasques e a chefe de gabinete da prefeita Rosangela Donadon. Outras entidades regionais fizeram parte do debate como associações, a Casa do Índio (Casai), o Distrito Sanitário Especial (Dsei), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

 

Texto e foto: SEMCOM

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