Já foram confirmados 17 casos de gestantes contaminadas pelo mosquito Aedes Aegypti, em Vilhena. A ação visa combater os focos de proliferação antes da época de chuva
A reunião foi realizada na última quarta-feira, 20 de julho, na Unidade Básica de Saúde Liro Hoesel, localizada no Bairro Cristo Rei. Agentes comunitários de saúde, membros representantes de entidades religiosas, autoridades do Tiro de Guerra e um representante do setor de epidemiologia da Prefeitura municipal de Vilhena.
O assunto tratado seria para encontrar medidas de prevenção que visam combater e prevenir o mosquito Aedes Aegypti. A controladora da Unidade, Idelma Rodrigues, informou a reportagem do site Folha de Vilhena que após realizarem diversas visitas na área onde houve comprovação de vários casos onde a população contraiu as doenças, chikungunya, dengue e zika vírus. Os agentes comunitários de saúde daquele setor perceberam que as visitas de prevenção não surtiram efeitos.
“Fizemos parceria com o Tiro de Guerra, pessoal da Unopar, intensificamos as visitas de conscientização, porém, ainda assim o número de casos de pessoas que foram contaminadas pelo mosquito só aumentou”, disse Anderson, agente comunitário de saúde.
Idelma revela que somente neste ano de 2016, já foram registrados 17 casos de gestantes que contraíram alguma dessas doenças. “Após um levantamento, foi verificado que temos um foco maior de casos entre os Bairros Jardim Primavera e setor 29. Então enviamos ofícios solicitando o apoio de toda a comunidade, iniciando pela Secretaria de Obras, Tiro de Guerra e entidades religiosas”, disse.
A equipe do Tiro de Guerra vem contribuindo desde o início deste ano, realizando voluntariamente visitas nas casas, terrenos baldios e prédios, tentando diminuir os focos e conscientizando a população para que cuidem de seus quintais evitando que o mosquito prolifere. “Ainda com todas essas atividades foi percebido que a ação não estava resolvendo muita coisa. Então, em conversa com o Sargento Denizar, resolvemos tentar outra estratégia, onde os soldados estariam visitando as casas, terrenos e prédios abandonados e recolhendo os entulhos e outros lixos que pudessem acumular água e colocando em frente às casas, após essa ação, a secretaria de obras entraria com o maquinário recolhendo esses lixos”, explicou Idelma.
Porém, nenhum membro da secretaria de obras compareceu a reunião. Para o Sargento Denizar, toda a equipe do Tiro de Guerra está disposta a ajudar, a entrelaçar parcerias que tragam resultados positivos na saúde vilhenense, porém, frisou que é necessário o apoio de todos. “A saúde pública é um dever do Município, do Estado e do Governo Federal, mas também é obrigação de todos. Se cada um fizer sua parte, não haverá mais tantos casos de pessoas infectadas pela doença transmitida por este mosquito”, desabafou.
“Parece que a população ainda não entendeu o que é o zika vírus. Se dessas 17 gestantes, desencadeia quatro mulheres com bebês com microcefalia, vai desestruturar a família, a prefeitura, o governo mantem por dois anos essa criança e depois? O importante é prevenir, evitar que uma criança nasça com essa doença e sofra”, disse Idelma.
No encontro três membros representantes da igreja católica, de comunidades diferentes estiveram presentes. E se disponibilizaram a incentivar e repassar aos fieis a importância de cuidar de seus quintais e não dar espaço para que o mosquito se prolifere.
Nossa reportagem tentou entrar em contato com a secretaria de obras, mas não obtivemos resultados. Mas vale ressaltar que toda a equipe presente na reunião está engajada neste projeto de prevenção e dispostos a realizar um excelente trabalho que visa cuidar da saúde de todos.
Texto e Fotos: Redação
