Mais um motorista do Uber relatou que teve o carro depredado por taxistas na manhã desta quarta-feira (17). Este é o segundo caso registrado hoje após o início do funcionamento do aplicativo na capital, o primeiro foi próximo a uma cooperativa de táxi. Nos dois casos o motorista recebeu uma chamada pelo aplicativo e ao chegarem ao local da corrida foram surpreendidos por taxistas que os agrediram e depredaram os veículos.
O segundo caso aconteceu na avenida Amazonas com Santa Bárbara, região norte de Porto Velho. O motorista diz que quando chegou ao local, taxistas fecharam o carro, e na tentativa de fugir, ele colidiu com o muro de uma residência.
“Recebi um chamado para buscar um passageiro neste endereço, quando cheguei vi que tinham alguns taxistas e antes de estacionar meu carro, eles vieram para cima, tentei fugir por temer algo pior e colidi com um muro, fui agredido, quebraram meu aparelho celular e rasgaram o pneu do meu carro”, relata o motorista.
O motorista explica que as agressões cessaram após a chegada de populares. A Polícia Militar eà agentes da Secretaria Municipal de Transportes (Semtram). De acordo com um agente de trânsito, a documentação do carro e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da vítima estão em dia.
“Fomos chamados para uma diligência e ao chegarmos percebemos o grande movimento de taxistas e mototáxis. Recebemos a notícia de que um motorista tinha sido agredido, constatamos os fatos, mas os agressores fugiram antes de nossa chegada”, conta.
A Polícia Militar acompanhou o motorista para o 13º Departamento de Polícia para registro do boletim de ocorrência. O motorista agredido afirma que devido as pancadas na cabeça não consegue identificar os agressores, mas contará com testemunhas. Este é o segundo caso registrado em Porto Velho, nesta quarta-feira.
De acordo com um taxista que estava próximo ao local, a categoria pede vistoria nos veículos que irão transitar como Uber, já que as exigências para um taxista são inúmeras.
“Só pedimos regularização de todos esses carros, e que seja exigido deles o mesmo que nos é exigido. Para que possamos rodar como táxi temos que passar por uma série de burocracias, apresentando documentos que mostram que não temos passagens policiais, dentre outras coisas. A liberação desses carros piratas, sem nenhum tipo de controle aumentará a violência pública, pois ninguém sabe quem levará o passageiro ou terá algum registro disso”, ressalta.
O taxista também explicou que as depredações estão sendo realizadas por um grupo de taxistas e a categoria não apoia esse tipo de atitude.
Fonte: G1/RO