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Quinta-feira, 28 de março de 2024 -





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Vilhena: acusados de executarem servidor público dão versões diferentes acerca do homicídio

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Alegações dos acusados não chegaram à real motivação do crime e quem teria sido o autor das facadas 

O 50° homicídio do ano de 2.016 em Vilhena foi marcado por requintes de crueldade e foi descoberto pela Polícia Militar na tarde desta segunda-feira, 10 de outubro, em pontos distintos da cidade, ceifando a vida do servidor público do Tribunal de Contas, Caio de Mello Xavier, 56 anos.

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A PM havia recebido informações do desaparecimento de Caio, contudo, foi após uma abordagem de rotina da Polícia Militar de Trânsito (P-Tran) a dois jovens que estavam a bordo de uma motocicleta que culminou em toda a operação.

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Os abordados, levaram a polícia até uma residência localizada na rua 1.507 do bairro Cristo Rei, onde os militares acabaram se deparando com o veículo Toyota Corolla de cor branca pertencente ao desaparecido Caio, no quintal da casa e constataram marcas de sangue no bagageiro.

Indagados, os moradores disseram que a acusada Carla Thais dos Santos Vicente, 20 anos, teria deixado o referido veículo no local na tarde de domingo, 09, convidando-os para irem a um balneário, pois ela iria comemorar o presente que teria ganho de seu namorado, no caso, o veículo Corolla e que após isso, ela não retornou buscar o carro, alegando que havia acabado a bateria do mesmo.

Os policiais deslocaram-se a casa da acusada, na rua Ermelindo Batalha esquina com a rua 737, onde sua mãe informou que a mesma não estava mas para que aguardassem um pouco, pois ela estaria indo para casa com um moto-táxi, momento em que ela chegou e ao ser abordada, foi encontrada no bolso de sua calça, a chave do automóvel.

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Da versão de Carla

Questionada sobre o porquê de ela estar com a chave do carro e com as chaves da casa da vítima, Carla em primeiro momento não soube explicar, mas após intenso diálogo, acabou dizendo que estava tendo um relacionamento amoroso com Caio e que na noite de sábado, 08 de outubro, foi até a casa da vítima, onde ingeriram bebidas alcoólicas e que por volta das 06 horas da manhã de domingo, 09, ligou para o acusado Ivanildo Paulo de Souza, 19 anos, que é seu cunhado, dizendo que precisava de uma carona.

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Quando Ivanildo chegou ao imóvel e adentrou à casa da vítima, Caio teria iniciado uma discussão com o suspeito e com ela, motivado pelo ciúmes, momento em que Carla disse ter ido ao banheiro e seu cunhado teria se apossado de uma faca e desferido vários golpes contra o servidor público.

Ao sair do banheiro, ela teria se deparado com a cena do homicídio e por ter ficado amedrontada, ajudou Ivanildo a enrolar um lençol no corpo da vítima e que em ato contínuo, o colocaram no porta-malas, dirigindo-se `\ estrada vicinal próximo da BR-435 sentido a chácara do Carlito, onde enrolaram também um colchão na vítima e amarraram, jogando Whisky no cadáver e ateando fogo.

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Posteriormente, o suposto homicida teria dirigido o carro novamente para casa de Caio, onde ela o ajudou a lavar a residência no intuito de limpar o sangue e desconfigurar a cena do assassinato; o infrator então teria ido embora a bordo de uma motocicleta Honda CG Titan de cor vermelha e placa NCJ-1572. Ela então, com o carro da vítima, foi até a residência localizada na rua 1.507 onde convidou os amigos para irem à chácara do Raimundo e inventou que teria ganho o Corolla do namorado e que em seguida, voltaram embora, mas que deixou o automóvel no referido endereço, pois a bateria tinha acabado.

Carla disse também que o suposto autor do crime teria ligado para ela e informado que estava indo para o sítio dos pais, na zona rural de Nova Conquista.

Da prisão do suspeito

Guarnições da Polícia Militar foram até ao sítio informado por Carla, onde prenderam Ivanildo Paulo de Souza, que estava trabalhando com o pai na lavoura, ocasião em que os militares informaram o ocorrido aos pais do jovem.

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Da versão de Ivanilto

Após ser preso, Ivanilto disse aos policiais que contaria as verdades sobre o homicídio de Caio e afirmou que por volta das 06 horas da manhã de domingo, 09 de outubro, sua cunhada Carla teria ligado para ele e pedido que o mesmo fosse ao local para dar uma carona a ela.

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Ao chegar na casa do servidor público, visualizou muito sangue no chão e que indagou Carla sobre o que havia ocorrido ali, momento em que ela teria respondido que durante a noite, havia discutido com Caio e que teria desferido facadas no tórax da vítima, vindo a executá-lo.

Carla então teria pedido para que ele a ajudasse a esconder o cadáver e limpar a casa para não levantar suspeitas.

Ivanilto alegou que assustado com a cena do homicídio, ajudou sua cunhada a colocar o corpo de Caio no porta-malas e que o cadáver estava enrolado com um colchão e amarrado com o lençol.

❝Então eu dirigi o carro até uma das linhas próximo ao balneário do Carlito e lá, retiramos o corpo do rapaz e o levamos para dentro da floresta onde Carla jogou Whisky no colchão e ateamos fogo,❞ disse.

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Após livrarem-se do corpo de Caio, o acusado disse ter retornado a casa onde ocorreu o crime, localizada na avenida 634 no bairro Parque São Paulo, setor 06, e ajudou Carla a limpar os resquícios de sangue e indícios da luta corporal.

Já pela manhã, às 11 horas, ele teria ido embora com sua motocicleta e ido para casa da avó no setor 19, de onde partiu para o sítio.

O suspeito ainda confessou aos policiais que enterrou a faca próximo ao local onde incendiaram o corpo da vítima, sendo a faca apreendida pela PM.

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Balaio de Gato

A real motivação do crime ainda é um mistério, bem como, quais dos infratores teria arquitetado o homicídio e desferido os golpes, uma vez que ambos os envolvidos dão versões diferentes do caso e um acusa o outro.

O que se sabe, é que ambos tiveram participação no crime e agora restará a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investigar quem foi o autor das facas, se houve mais pessoas ligadas ao crime e se trata-se de um homicídio passional ou até mesmo um latrocínio.

A reportagem irá acompanhar o desfecho do caso, lembrando que, ambos infratores já foram presos pela PM e autuados em flagrante pelo delegado de plantão e deveram ficar a disposição da Justiça, afim de esclarecer detalhes do crime e serem punidos pelo homicídio.

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Carlos Mont Serrate

Folha de Vilhena

 

Veja também:

Urgente: mulher leva polícia até o corpo de servidor público executado à facadas

 

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