Suspeita alegou que um desentendimento entre a vítima e um homem teria motivado o bárbaro crime
Tudo começou após familiares informarem a Polícia Militar o desaparecimento do funcionário público que prestava serviços ao Tribunal de Contas, Caio de Mello Xavier, 56 anos, dizendo que não conseguiam contato com a vítima desde o sábado, 08 de outubro.
Já na manhã desta segunda-feira, 10 de outubro, em uma abordagem de rotina da Polícia Militar de Trânsito a dois jovens que estavam a bordo de uma motocicleta, estes, levaram a polícia até uma residência localizada na rua 1.507 do bairro Cristo Rei.
Para surpresa dos militares, nesta residência, estava o veículo Toyota Corolla de cor branco e placa OHO-1976/Vilhena pertencente ao desaparecido Caio, iniciando-se assim, o início das investigações, sendo constatados sinais de sangue no bagageiro do automóvel.
Os moradores do local revelaram que na madrugada de segunda-feira, uma mulher por nome Carla acompanhada de outro suspeito deixou o carro no referido endereço e seguiram caminhos opostos, sem informar o porquê de abandonar tal automóvel.
Não demorou muito para que os policiais militares com apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) chegassem até a jovem Carla, de 20 anos, a qual de início, tentou dizer não ter conhecimento dos fatos, mas acabou se contradizendo, vindo a confessar participação no crime.
Segundo a infratora, ela e a vítima estavam juntas desde o sábado e passaram a noite em festas nas chácaras da cidade e que ao retornarem na manhã de domingo, 09 de outubro, encontraram um homem que era amigo tanto de Carla quanto de Caio, mas que em dado momento, na residência da vítima, o acusado teria tido um desentendimento com Caio e desferido diversos golpes de faca contra o mesmo.
Caio teria agonizado e vindo a óbito, momento em que Carla juntamente com o acusado, enrolaram o corpo do funcionário público em um colchão de solteiro, amarraram e colocaram no bagageiro do Corolla e deslocaram-se até uma estrada vicinal nas proximidades da BR-435, levaram o cadáver até dentro da mata e com duas garrafas de Whisky que roubaram da vítima, jogaram sobre o colchão e atearam fogo.
Carla levou a polícia até o local onde abandonaram o cadáver, sendo constatado que o corpo de Caio estava carbonizado, sendo o local isolado para realização de perícia da Polícia Técnico Cientifica (Politec) que constatou as facadas nas costas da vítima.
A suspeita nega que o caso seja um latrocínio e diz não terem subtraído nada de Caio e que o desentendimento entre a vítima e o acusado foi motivado pelo fato de ambos já terem tido relação com a mesma, a que levaria a tese de homicídio passional.
A polícia ainda procura pelo homem que teria praticado o homicídio e o caso deverá ser investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Carlos Mont Serrate
Folha de Vilhena
