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Menino é assaltado e jogado em buraco quando vendia picolés

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Criança foi encontrada por casal amarrada após quase 2h, em Vilhena.

Ao G1, garoto disse que teve medo de morrer e só pensava na família.

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Um menino de 11 anos foi assaltado enquanto vendia picolés, no Bairro Belém, em Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho. Depois de ser ameaçado e ferido com uma faca, a criança foi deixada amarrada junto ao carrinho dentro de um buraco, no último sábado (21). Enquanto estava amarrado, uma forte chuva caiu na região. Depois de duas horas, ele foi localizado por um casal. “Achei que ele fosse me matar. Senti muito frio e chorei”, relata a vítima

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O menino, que estuda o 5º ano, contou ao G1 que empurrava o carrinho, quando um homem de bicicleta o parou. “Ele disse que se eu chamasse a polícia, iria me matar. Ele me empurrou, cai no chão. Queria meu dinheiro e eu não queria dar. Passou a faca no meu braço e daí eu dei o dinheiro. Depois cortou meu calção e minha camiseta e me amarrou na roda do carrinho. Daí me deixou no buraco, chupou os picolés e foi embora”, conta.

O garoto lembra que gritava por socorro, mas ninguém passava na rua naquele momento. Para dificultar a situação, uma chuva forte começou a cair na região. Após duas horas, um casal passou pelo endereço, viu o menino e chamou a polícia. “Pensava em casa, na minha mãe, no meu pai e nos meus irmãos. Pensei em Deus e chorei”, diz o garoto emocionado.

 

A mãe da vítima, Ivone Ribeiro da Cruz, de 41 anos, conta que trabalha com diárias enquanto não consegue um emprego fixo e o marido é repositor de uma empresa. O casal tem quatro filhos, mas dois já são casados. Os outros, de 11 e 15 anos, moram em casa e vendiam picolés para ajudar na renda da família.

A diarista relata que esta é a segunda vez que o menino, de 11 anos, é assaltado. O rapaz, de 15 anos, também foi roubado duas vezes. No entanto, ela ressalta que a venda de picolés não é imposição da família, mas que o dinheiro ajudava nas despesas da casa.

“Eles nos pediram para vender picolés. Eu não imaginava que uma coisa dessas iria acontecer. A gente cria os filhos, dá educação, mas eles querem trabalhar e ter as coisas deles. Mas dessa forma não compensa”, salienta.

A mãe afirmou que os filhos foram proibidos de voltar com as vendas de picolés depois do assalto.

Legislação

O auditor fiscal do trabalho Renato Coutinho explica que a legislação só permite que adolescentes trabalhem a partir dos 14 anos como menores aprendizes. Maiores de 16 anos podem trabalhar, mas devem ter carteira assinada e não podem ser em serviço insalubre até os 18 anos.

“A empresa que contratar um menor de 16 anos, sem ser menor aprendiz, pode sofrer sanção tanto no ponto de vista civil, quanto criminal, por trabalho infantil. Temos uma equipe no Ministério do Trabalho que trabalha só com essa questão de menores e trabalho. Vamos continuar combatendo e averiguar esse caso”, enfatiza.

O nome da sorveteria para a qual o menino vendia os picolés não foi informado pela família.

G1

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