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Rondônia registra mais de 27% de partos em meninas entre 10 e 19 anos

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Entre ursos de pelúcia e o berço, Yasmin, de 15 anos, cuida do filho dela de apenas quatro meses de vida (Foto: Hosana Morais/G1)
Entre ursos de pelúcia e o berço, Yasmin, de 15 anos, cuida do filho dela de apenas quatro meses de vida (Foto: Hosana Morais/G1)

Yasmin Geber de 15 anos possui um filho de quatro meses de idade.
Pesquisa realizada afirma que adolescentes têm maior risco de complicações

Uma pesquisa realizada pela ginecologista Marta Finotti, constatou que o estado de Rondôniaregistra mais de 27% de partos em meninas com idade entre 10 e 19 anos, a média nacional e de 20%. Entre as adolescentes que têm filhos, 75,7% não estudam e 57,8% não estudam nem trabalham a pesquisa foi realizada no ano de 2015.

A pesquisa revelou ainda que as adolescentes têm maior risco de complicações durante a gestação e mortalidade, sendo o parto a principal causa de morte de mulheres jovens entre 15 e 19 anos em países em desenvolvimento. Outros problemas comuns, enfrentados pelas gestantes adolescentes, são a depressão e a ansiedade, que tendem a ser mais frequentes quando comparados com grávidas adultas.

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A adolescente engravidou aos 14 anos e teve o filho no ano de 2015(Foto: Yasmin Geber/Arquivo Pessoal)
A adolescente engravidou aos 14 anos e teve o filho no ano de 2015 (Foto: Yasmin Geber/Arquivo Pessoal)

 

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O abortamento inseguro representa também um grave risco e alto custo para o sistema público, sendo frequentemente usado na falha ou no uso incorreto de contraceptivos. A curetagem pós-abortamento é o segundo procedimento obstétrico mais realizado nos serviços públicos de saúde no Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 31% das gestações no país terminam em aborto e são registradas cerca de 230 mil internações, por ano, para tratamento das complicações decorrentes do aborto.

A adolescente, moradora de Porto Velho, Yasmin Geber engravidou aos 14 anos e conta como foi mudar sua rotina de festas e brincadeiras para cuidar do pequeno Lorenzo de apenas quatro meses de vida. “No início estranhei está gravida e contaram para o meu pai antes de mim. Ele não aceitou. Porém, o pai do meu filho, que também é menor de idade, sempre me apoiou e nunca saiu do meu lado em nenhum momento”, contou Yasmin.

A jovem explicou ainda como o quarto que dividia entre ursinhos e bonecas hoje possui um berço. “Antes tudo que minha família comprava era para mim, agora tudo é para o meu filho. Eu não tenho tempo de fazer mais nada, pois cuido dele. Mas eu não me arrependo de ter tido, mesmo que tenha sido cesárea”, explicou Yasmin.

A menor de idade mora na casa do pai e sempre foi criada pela avó. Em setembro de 2015, no nono mês de gravidez, perdeu líquido e teve que fazer uma cesárea de emergência em um hospital particular de Porto Velho. “A médica disse que se tivesse demorado mais um pouquinho teria perdido o bebê. Dois meses depois tive que voltar para a escola, mas acabei reprovando. Esse ano farei o 2° ano do ensino médio e o meu esposo fará o 1° ano. Estudaremos em uma escola pública próxima de nossa casa”, informou a adolescente.

A jovem cuida do pequeno Lorenzo durante todo o dia (Foto: Hosana Morais/G1)
A jovem cuida do pequeno Lorenzo durante todo o dia (Foto: Hosana Morais/G1)

Segundo a psicóloga Dariangley Pereira, da Maternidade Municipal Mãe Esperança, em Porto Velho, é comum jovens entre 14 a 19 anos terem filhos nascido na unidade de saúde. “Em alguns casos eu percebo que a adolescente não se sente como mãe”, explicou Dariangley.

A psicóloga afirmou ainda que algumas das jovens acreditam que ter filho aos 17 anos é algo natural. “Por conta da mãe ter tido filho cedo, isso torna natural na vida da jovem. Em alguns casos elas dizem se sentirem velhas em relação as irmãs”, informou a psicóloga.

De acordo com a assistente social da maternidade, Erica Karla, em caso de gravidez abaixo dos 14 anos o Serviço Social e obrigado a contactar o Conselho Tutelar. “Gravidez com jovens menores de 14 anos caracteriza estupro e mesmo que a família não queira denunciar somos obrigados a informar sobre a situação”, informou.

Fonte: G1/RO

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